Com certeza, você já passou por alguma construção e viu uma quantidade enorme de entulhos da obra (Resíduos de Construção Civil), e deve ter pensado: para onde tudo isso vai?
A construção civil é um dos setores que mais gera resíduos no Brasil. Isso impacta diretamente o meio ambiente e a vida urbana.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o país produziu cerca de 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) em 2021 — o que representa aproximadamente 227 quilos por habitante.
Além disso, estima-se que cerca de 30% de todos os resíduos sólidos urbanos no Brasil tenham origem nesse setor.
De acordo com o coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da UFPE, Sr. Antônio Acacio de Melo, os resíduos provenientes de pequenas obras são geralmente descartados de forma irregular.
Em consequência disso, acabam sendo jogados em locais não permitidos, o que contribui para o aumento de doenças como a dengue, a obstrução do sistema de drenagem, entre outros problemas urbanos.
Principais Desafios
- Volume e Destinação Irregular: Grande parte dos resíduos ainda é descartada de forma inadequada — seja em vias públicas, terrenos baldios ou áreas de proteção ambiental. Como resultado, surgem problemas como enchentes, proliferação de vetores de doenças e degradação ambiental.
- Construções Irregulares: Obras realizadas sem licenciamento ou planejamento adequado tendem a agravar o problema, dificultando a fiscalização e impedindo uma gestão eficiente dos resíduos.
- Falta de Conscientização e Fiscalização: Pequenos geradores — como reformas residenciais — frequentemente descartam resíduos em locais proibidos, seja por falta de informação ou pela ausência de pontos de coleta acessíveis.
Legislação e Gestão
A gestão dos resíduos da construção civil é regulamentada principalmente pela Resolução CONAMA nº 307/2002. Essa norma estabelece a classificação dos resíduos, as responsabilidades dos geradores e a exigência de planos de gerenciamento por parte das empresas e dos municípios.
Complementando essa regulamentação, a Lei 12.305/2010 — que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) — reforça a importância da coleta seletiva, da logística reversa e da responsabilidade compartilhada ao longo de toda a cadeia produtiva.
Classificação dos Resíduos
A | Reutilizáveis ou recicláveis como agregados | Concreto, tijolos, argamassa, solos |
B | Recicláveis para outros usos | Plásticos, metais, vidro, papel |
C | Sem tecnologia viável de reciclagem | Resíduos específicos |
D | Perigosos ou contaminados | Tintas, solventes, amianto |
Soluções e Boas Práticas
- Reciclagem e Reutilização: Mais de 80% dos resíduos de construção podem ser reciclados ou reaproveitados, reduzindo a demanda por recursos naturais e o volume destinado a aterros.
O concreto pode ser triturado e usado como base para novas obras, metais podem ser fundidos e reutilizados, e a madeira pode ser transformada em painéis ou biomassa.
- Plano de Gerenciamento de Resíduos: Obras de maior porte devem adotar planos específicos para coleta, triagem, transporte e destinação dos resíduos, priorizando a redução, reutilização e reciclagem.
- Educação e Fiscalização: Campanhas de conscientização, fortalecimento da fiscalização e oferta de pontos de coleta e centros de reciclagem são fundamentais para melhorar os índices de destinação correta.
- Responsabilidade Compartilhada: O envolvimento de empresas, poder público e sociedade é essencial para promover práticas sustentáveis e garantir o cumprimento da legislação.
Incentivos e Financiamentos para a Gestão Sustentável de Resíduos
Pode parecer pequeno todo o esforço, mas adotar práticas sustentáveis na gestão de resíduos da construção civil pode representar um custo inicial maior, mas há incentivos importantes — fiscais e financeiros — que tornam esse investimento mais acessível e vantajoso, especialmente para empresas comprometidas com a responsabilidade ambiental.
Alguns municípios e estados oferecem redução ou isenção de tributos, como o IPTU Verde, para empresas e obras que comprovem práticas de sustentabilidade, incluindo a destinação correta dos resíduos de construção e demolição (RCDs).
O PE Sustentável é uma iniciativa estadual que promove a ecoeficiência, incentivando práticas que reduzam emissões e consumo de recursos naturais pelas empresas, incluindo o setor da construção.
Também estabeleceu o Fundo de Eficiência Hídrica e Energética (FEHEPE), que pode apoiar projetos envolvendo tecnologias sustentáveis e gestão de resíduos.
Essas políticas são formas de estimular o cumprimento das normas ambientais e reconhecer o esforço de quem vai além da obrigação legal.
Além disso, instituições como o BNDES, a Finep e bancos de fomento estaduais oferecem linhas de crédito específicas para projetos de inovação e sustentabilidade no setor da construção civil. Esses financiamentos podem ser usados, por exemplo, para:
- Implantar usinas de reciclagem de entulho,
- Adquirir equipamentos de triagem e britagem de resíduos,
- Implantar sistemas de logística reversa ou gestão digital de resíduos.
Empresas que demonstram compromisso com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) também podem ter mais facilidade em acessar recursos, inclusive com taxas de juros reduzidas ou prazos maiores para pagamento.
Outra possibilidade é a captação de recursos via fundos ambientais, editais públicos ou parcerias com instituições que apoiam projetos de desenvolvimento urbano sustentável.
Como gerir os Resíduos da Construção Civil de forma eficiente?
A gestão eficiente dos resíduos de construção civil é um desafio urgente e coletivo.
Com políticas públicas integradas, educação ambiental, fiscalização rigorosa e incentivo à reciclagem, é possível transformar um grande problema ambiental em oportunidades de sustentabilidade, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida urbana.
A Sanvale atua como um parceiro estratégico nessa transformação. Da contratação rápida e segura do Disk Entulho, com caçambas licenciadas, até o suporte técnico na elaboração e execução do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
Oferecemos soluções completas e sob medida para obras de todos os tamanhos — da pequena reforma residencial aos grandes empreendimentos imobiliários.
Nosso compromisso vai além da coleta e destinação: orientamos nossos clientes quanto às exigências legais, como a Resolução CONAMA nº 307/2002 e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), contribuindo para a redução do descarte irregular, o aumento da reciclagem e a construção de cidades mais limpas, seguras e resilientes.
Optar por uma gestão correta dos resíduos é mais do que cumprir uma exigência legal — é demonstrar respeito pela sociedade e pelo meio ambiente.
E, com a Sanvale ao lado, isso se torna mais simples, eficiente e ambientalmente responsável.
Entre em contato com a nossa equipe e saiba como a Sanvale pode ajudar você a fazer o descarte correto dos resíduos da sua construção